quinta-feira, 28 de julho de 2011

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Sabe? Quando era só uma garotinha, eu sonhava com um grande amor de filme americano á la Sessão da Tarde, do tipo, Um Príncipe em Minha Vida, O Melhor Amigo da Noiva, De Repente 30 e etecetera. Eu seria a mocinha batalhadora, corajosa, pé no chão e olhos nas núvens que no fim das contas viveria o seu "Felizes para sempre" ao lado do meu escolhido. O tempo passou, e eu acabei percebendo que até a chegada ao feliz final da maratona da protagonista sempre há o ápice do filme, onde tudo parece dar errado, ou tudo está errado. Chegam as tribulações, o sofrimento, os empecilhos, os períodos de marasmo e de indecisão, e na vida real, sabe-se lá quanto dura isso. Mas, após esta parte a mocinha descobre que as coisas podem enfim melhorar e que ela não precisa viver assim eternamente, ela percebe que pelo menos uma tentativa  já será um grande passo á frente. Geralmente, depois disso, ela luta por sua felicidade e a conquista. Hoje em dia tenho medo de não encontrar o mesmo destino que ela. O caminho até a compreensão de que as histórias de amor são dolorosas é muito longo e desgastante, e as personagens reais ás vezes ficam sem forças pra lutar. É o medo batendo na porta, o medo de não conseguir, de ser incapaz, de não ser uma mocinha dos filmes de dez anos atrás.

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